CAROLINA DE JESUS
ARTS QA LITERATURA
POR VITOR HUGO
CAROLINA DE JESUS
A escritora Carolina Maria de Jesus nasceu em 1914, na cidade de Sacramento, Minas Gerais. De uma família pobre, teve uma educação escolar de apenas dois anos. Entre 1923 e 1929, a família de lavradores migrou para Lajeado (MG), Franca (SP), Conquista (MG), até voltar definitivamente para Sacramento.
Em 1937, Carolina Maria de Jesus mudou-se para a cidade de São Paulo, onde trabalhou como empregada doméstica. Em 1948, foi viver na favela do Canindé, onde nasceram seus três filhos. Enquanto viveu ali, sua forma de subsistência era catar papéis e outros materiais para reciclar.
Em meio a toda essa difícil realidade, havia os livros. Carolina Maria de Jesus era apaixonada pela leitura. A escrita literária, portanto, foi uma consequência. Em 1958, o jornalista Audálio Dantas conheceu a autora e descobriu que ela possuía diversos cadernos em que escrevia sobre a realidade da favela.
Audálio ajudou a escritora a publicar seu primeiro livro: “Quarto de despejo: diário de uma favelada”. O livro foi publicado e se transformou em sucesso de vendas. Nesse mesmo ano, a autora recebeu homenagens da Academia Paulista de Letras e da Academia de Letras da Faculdade de Direito de São Paulo, além de receber um título honorífico da Orden Caballero del Tornillo, na Argentina, em 1961.
"Depois do sucesso do seu livro, Carolina Maria de Jesus mudou-se da favela do Canindé, gravou um disco com composições próprias e continuou a escrever. Porém, suas próximas obras não obtiveram o mesmo êxito da primeira.
Principais livros: Quarto de despejo (1960); Casa de alvenaria (1961); Diário de Bitita (1986); Meu estranho diário (1996).
Carolina Maria de Jesus faleceu em 1977, em Parelheiros, distrito da cidade de São Paulo
Frases do livro Quarto de despejo
“Percebi que é horrível ter só ar dentro do estomago”.
“Como é horrível ouvir um pobre lamentando-se. A voz do pobre não tem poesia”.
“A curiosidade é amiga das mulheres”.
“Para mim, o mundo em vez de evoluir está retornando à primitividade”.
“Como é horrível levantar de manhã e não ter nada para comer”.
“Entre os ricos há sempre uma divergência por questões de dinheiro”.
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