GONÇALVES DIAS
ARTS QA LITERATURA
POR VITOR HUGO
GONÇALVES DIAS
Nascido em 1823, em Caxias, Maranhão, Antônio Gonçalves Dias foi um poeta, advogado, jornalista, etnógrafo e teatrólogo, grande expoente do romantismo brasileiro e da tradição literária conhecida como "indianismo", uma corrente que procurava narrar e homenagear as qualidades dos povos indígenas.
Durante a juventude, mudou-se para Portugal, com o objetivo de completar os seus estudos universitários. Esse período que passou afastado do Brasil serviu de inspiração para uma das suas composições mais célebres, a "Canção do Exílio".
Gonçalves Dias é considerado o grande poeta romântico brasileiro. A história do Romantismo no Brasil se confunde com a própria história política da primeira metade do século XIX. A Independência política, em 1822, despertou a consciência de se criar uma cultura brasileira identificada com as raízes históricas, linguísticas e culturais.
O poeta faleceu em 1864, no município de Guimarães, Maranhão
Dois poemas de Gonçalves Dias:
“Canção do Exílio”
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar – sozinho – à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras;
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho – à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que eu desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
“Se Se Morre de Amor”
Se se morre de amor! – Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos;
Quando luzes, calor, orquestra e flores
assomos de prazer nos raiam n’alma,
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve, e no que vê prazer alcança!
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