LUIZ GONZAGA – O REI DO BAIÃO

ARTS QA - POR MONSIEUR SERIN

ENCANTOS DA MÚSICA POPULAR

Em 1912, numa casa de barro batido na Fazenda Caiçara, povoado do Araripe, a 12km da área urbana do município de Exu, nasceu Luiz Gonzaga do Nascimento.

Também conhecido como o Rei do Baião, foi considerado uma das mais completas, importantes e criativas figuras da música popular brasileira. Suas composições também descreviam a pobreza, as tristezas e as injustiças do árido sertão nordestino.

Ganhou notoriedade com as antológicas canções "Asa Branca" (1947), "Juazeiro" (1948) e "Baião de Dois" (1950). Pai adotivo do músico Gonzaguinha, Gonzagão influenciou outros artistas de expressão da MPB.

Lutou no sertão nordestino, combatendo cangaceiros, coiteiros e coroneis. Apesar disso, alimentou grande admiração pelo líder dos cangaceiros, Virgulino Ferreira, o "Lampião", passando a adotar uma vestimenta inspirada nele ao se profissionalizar.

Depois da baixa do exército, pretendia voltar ao Recife de navio, porém, recebeu ordens para permanecer no Rio até que a viagem (ainda sem data) acontecesse. Passava o tempo no quartel limpando e tocando sanfona. Certo dia, um colega lhe recomendou que fosse tocar no Mangue, zona de meretrício do Rio onde bares e ruas ficavam cheios de músicos e acabou fazendo sucesso.

Decidido a se dedicar à música, escolheu permanecer no Rio de Janeiro, então capital do Brasil, onde a rádio e a música aconteciam na época. Ficou tocando em bares, cabarés e programas de calouros.

De 1946 a 1955, Luiz Gonzaga foi o artista que mais vendeu discos no Brasil, somando quase 200 gravados e mais de 80 milhões de cópias vendidas. O Rei do Baião gostava mesmo era do showbiz: viajar, fazer shows e tocar para plateias do interior.

Após uma carreira fulgurante de norte a sul do país, faleceu em 1989, aos 77 anos, em Recife.

Entre 100 sucessos, selecionei “Asa Branca”, “Xote das Meninas” e “Juazeiro”, que também poderão ser curtidos nesse post no Facebook e no site do Quartiers des Arts.