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LYGIA FAGUNDES TELLES

ARTS QA LITERATURA

POR VITOR HUGO

LYGIA FAGUNDES TELLES

Considerada por acadêmicos, críticos e leitores, uma das mais importantes e notáveis escritoras brasileiras do século XX e da história da literatura brasileira, Lygia Fagundes da Silva Telles nasceu na cidade de São Paulo, em 1918, mas cresceu em Sertãozinho e outros municípios do interior paulista. Aos oitos anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, permanecendo lá por cinco anos, quando retornou à São Paulo.

Advogada, romancista e contista, Lygia teve grande representação no pós-modernismo, e suas obras retratavam temas clássicos e universais como a morte, o amor, o medo e a loucura, além da fantasia.

Na 17.ª edição do Prêmio Camões, maior láurea concedida a escritores de países com o português como a língua oficial, ocorrida em 2005, Lygia foi anunciada a vencedora. Ganhadora de todos os prêmios literários importantes do Brasil, homenageada nacional e internacionalmente, tornou-se, em 2016, aos 92 anos, a primeira mulher brasileira a ter sido indicada ao prêmio Nobel de Literatura.

Lygia foi casada por duas vezes.

Faleceu em 3 de abril de 2022, aos 103 anos, em São Paulo.

Frases de “A Estrutura da Bolha de Sabão”, de Lygia Fagundes Telles:

“Presta atenção, Miguel, o que passou, passou. Não se preocupe mais, somos todos normalmente loucos. Fingimos até uma loucura maior mas não tem importância, faz parte do sistema, é preciso. De vez em quando, dá aquela piorada e piora mesmo, que diabo. E daí? O tal cotidiano acaba prevalecendo sobre todas as coisas que nem na Bíblia. Isso de dizer que só um fio de cabelo nos separa da loucura total é tolice”

“Eu aprendi com a minha vó a classificar as pessoas em dois grupos nítidos, as pessoas boas e as pessoas más. Tudo disciplinado como material de um laboratório de química onde o Bem e o Mal (com letra maiúscula) não se misturavam jamais. Às vezes, o Diabo entrava sorrateiro nas casas e vinha espionar por detrás de alguma porta para saber o que está acontecendo. Mas se via pairando um anjo no teto, enfiava o rabo entre as pernas e ia cabisbaixo arengar em outra freguesia”

“Mas que família era essa que ela me apresentava? Gente insegura. Sofrida. Que eu teria amado muito mais do que as belas imagens descritas pela minha avó. Mas tive medo ao descobrir o medo alheio”

“Eu ficava olhando seu gesto impreciso porque uma bolha de sabão é mesmo imprecisa, nem sólida nem líquida, nem realidade nem sonho. Película e osso. ‘A estrutura da bolha de sabão, compreende?’ Não compreendia”




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