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MARGUERITE DURAS

ARTS QA LITERATURA

POR VITOR HUGO

MARGUERITE DURAS

Filha de pais franceses funcionários do governo e que, como tais, mudaram-se para o Vietnã, Marguerite Duras, pseudônimo de Marguerite Donnadieu, nasceu em 1914 em Gia Dinh, antiga província industrial que ficava a alguns quilômetros de Saigon, no Vietnã, então colônia francesa. Mulher multifacetada, que ocupou lugares importantes na literatura, no cinema e no teatro, Duras é considerada uma das principais expressões femininas da literatura do Século XX, na Europa.

Aos 18 anos mudou-se para Paris indo cursar Direito na Universidade Sorbonne. Marcada pela vivência asiática, ela transportou seus causos pessoais para os livros e detalhou, flertando com a ficção, o lugar em que morava, sua escola, e outros pontos relevantes que ficaram em sua memória afetiva.

Seu portfólio é extenso em todas as suas áreas de atuação, incluindo desde o filme de Alain Resnais, “Hiroshima, meu amor”, cujo roteiro foi escrito por ela, até seus romances como por exemplo “O Amante”, autobiográfico, vencedor do prêmio francês Goncourt.

Embora nunca tenha se declarado feminista, Marguerite Duras tece, em muitos de seus textos, uma crítica ao “emudecimento” da voz feminina que, segundo ela mesma, tem o mesmo direito de fala e de posicionamento que teria o homem.

Marguerite Duras teve uma intensa vida intelectual, social e amorosa e deixou um filho: Jean Mascolo.

A aplaudida romancista, novelista, roteirista, poetisa, diretora de cinema e dramaturga francesa, faleceu em 1996, em Paris.

Trecho de seu livro autobiográfico “O Amante”:

“Certo dia, já na minha velhice, um homem se aproximou de mim no saguão de um lugar público. Apresentou-se e disse: "Eu a conheço há muito, muito tempo. Todos dizem que era bela quando jovem, vim dizer-lhe que para mim é mais bela hoje do que em sua juventude, que eu gostava menos de seu rosto de moça do que desse de hoje, devastado".

Penso frequentemente nessa imagem que só eu ainda vejo e sobre a qual jamais falei a alguém. Está sempre lá no mesmo silêncio, maravilhosa. É entre todas a que me faz gostar de mim, na qual me reconheço, a que me encanta”




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