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Marie Dechamps de Delacroix, a “Estátua da Liberdade” de Flaubert

ARTS QA LITERATURA

POR CARLOS RUSSO

Marie Dechamps de Delacroix, a “ Estátua da Liberdade” de Flaubert.

Bloco 01/03

Prezadas Quartières, o tema de nosso post é o papel da mulher-símbolo na luta dos franceses pela liberdade no século XIX, emblematizada nas artes por Delacroix, Milliet, Balzac e Flaubert .

Marie Deschamps é o nome da modelo, uma mulher do povo, que Eugène Delacroix escolheu para retratar o clima dos embates da Revolução de Julho de 1830, a revolta popular que inaugurou a história as barricadas de Paris, levando à derrubada do despotismo de Carlos X e dos Bourbons. Deschamps, na arte, comanda a revolta pela liberdade!

Em uma carta endereçada ao seu irmão, o pintor escreveu: “O meu mau humor está desaparecendo graças ao trabalho duro. Embarquei em um tema moderno, numa barricada, pois se eu ainda não lutei pela liberdade em meu país, pelo menos vou pintar para ela. ” Nasceria desse esforço uma pintura imortal, símbolo da modernidade: “ A Liberdade conduzindo o Povo”.

O trabalho de Delacroix foi tão intenso quanto o é Marie, a mulher forte de seios fartos e desnudos, que caminha por sua tela com os passos largos e confiantes, reproduzindo a vibração com que a contagia o clamor do povo em revolta, em luta de vida ou morte.

“A Liberdade guiando o Povo” quase dois séculos após, sua visualização ainda nos inspira, apaixona-nos, é capaz mesmo de provocar a sensação de um renovado romantismo, do sentir-se recompensado e orgulhoso pelos melhores momentos que a humanidade produziu.

(Continua na próxima semana)




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