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“O ESPÍRITO MODERNO”

POST TEMÁTICO

por Carlos Russo





O Modernismo europeu antecedeu em mais de uma década nosso espírito moderno.

A mola mestra do tempo moderno, sua ideia central, é que as formas “tradicionais” das artes, a organização social e a vida cotidiana haviam se tornado todas elas ultrapassadas.

Com o colapso da cultura tradicional, a palavra parecia desraigada e as imagens perdiam sua coerência, os símbolos sua transcendência. Logo, o modernismo cria para si próprio a negação e o questionamento permanente, substituindo-se o que já fora trocado pelo “novo” novo.

O reexame de cada aspecto da existência tornava-se um desafio permanente, o encontro das “marcas antigas” para substituí-las por novas formas, assinalando o caminho para o progresso.

Para a Europa, um Mundo Novo nascia junto com o século XX!

Enquanto o modernismo, na perspectiva europeia do princípio do século, significava desencanto, desestruturação do homem das metrópoles associada à necessidade de reestruturação espiritual, em nosso país, o moderno quando nos chega, expressa por um lado um projeto estético de renovação, de ruptura com a linguagem tradicional, e por outro a visão benigna de uma natureza divinamente revestida e repleta de diversidades regionais, o que redundava numa perspectiva ufanista de um Brasil somente idealizado pela intelectualidade urbana.

Ao chegar, o movimento modernista não encontrará apoio algum junto aos capitães da indústria. Será a parcela da refinada burguesia rural, mais culta e com forte influência francesa que estimulará os nossos jovens artistas da primeira geração modernista, cujo marco inicial será a Semana de Arte Moderna.

A Semana de Arte Moderna talvez tenha sido o evento cultural mais marcante da história brasileira do século XX.

Valerá à pena nela nos inserirmos mais de 100 anos após!

 
 
 

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