O Incomprarável Chet Baker

ARTS QA - POR MONSIEUR SERIN

ENCANTOS DA MÚSICA POPULAR

O INCOMPARÁVEL CHET BAKER

Trompetista e cantor de jazz norte-americano , Chesney Henry Baker Jr, o incomparável Chet Baker, nasceu em 1929, em Oklahoma.

Herdou de seu pai a paixão pela música, que lhe presenteou com um trombone aos 10 anos de idade. No final dos anos 1930, partiu para Los Angeles onde começou a estudar teoria musical.

Ainda bem jovem, passou a integrar grupos de renome da música americana da época, porém, Chet só conheceu o sucesso depois do convite de Charlie Parker (Bird), em 1951, para uma série de apresentações. Em 1952 entrou para a banda de Gerry Mulligan, alcançando grande notoriedade com a primeira versão de My Funny Valentine. Entretanto, devido aos problemas de Gerry com as drogas, o quarteto acabou por ter uma vida curta, sustentando-se por menos de um ano. Mas o talento de Chet logo o transformaria num ídolo, por toda a América e pela Europa.

Chet era dotado de extrema criatividade, inaugurando um modo de cantar no qual a voz era quase sussurrada. Exerceu grande influência em alguns dos grandes nomes da bossa nova, como João Gilberto e Carlos Lyra.

Contudo, o seu glorioso trajeto na música não lhe rendeu uma vida segura devido ao seu envolvimento com drogas, especialmente com a heroína (durante as suas crises de abstinência, que eram monitoradas por médicos, usava metadona). Chet foi preso muitas vezes, e diz-se que chegou a ser espancado por não ter pago uma dívida contraída com a compra de drogas.

Chet Baker morreu aos 58 anos, em Amsterdã, de forma trágica e misteriosa, na madrugada de 13 de maio de 1988, ao cair da janela do Hotel Prins Hendrik. Acidente ou suicídio?

Para o meu gosto pessoal, a mais bela gravação de “My Funny Valentine” pertence a Chet Baker e, quando quero desfrutar de momentos de beleza e tranquilidade, entrego meus ouvidos ao som de seu trompete e de sua voz.

Selecionei três preciosidades de Chet Baker: “My Funny Valentine”, “Almost Blue” e “Tenderly”