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O MAESTRO SEMPRE EXISTIU?

Saudações musicais, queridos Quartiers!


A figura do maestro, da forma como a conhecemos hoje, formou-se muito recentemente. Surgiu no século XIX, em pleno período musical do romantismo, quando as orquestras cresceram em tamanho, sonoridade e os grandes corais se formaram. Nascia assim, a necessidade de um novo elemento na orquestra: o maestro.

Nos primeiros grupos instrumentais que se formaram, no período Barroco, ainda não existia a figura do maestro que conhecemos hoje. Havia apenas um líder do próprio grupo, que orientava e coordenava a execução a partir de seu instrumento musical, enquanto participava do concerto. Este líder normalmente era um músico ao violino ou ao cravo, controlando e comandando principalmente o ritmo. Nos momentos mais difíceis da música, recorria a enérgicos gestos, batendo com os pés, tornando visível e audível a marcação sua marcação.


Curiosidade: em pleno período Barroco, o compositor Lully, como dirigente da música da corte de Luis XIV, na França, iniciou o hábito de marcar o ritmo do grupo de instrumentos, batendo no chão com um pesado bastão. Dirigir a música passou a ser uma tarefa bastante ruidosa. Certa ocasião, não acertou o chão e sim seu pé violentamente. Veio a falecer de gangrena dias depois!




Hoje, a regência é uma arte que requer vocação específica, fundamenta-se na liderança e vasta formação profissional. Ser um bom músico não é suficiente para ser um bom maestro ou regente. Exige-se dele além da liderança, domínio total da matéria musical e sólida formação cultural.

O maestro é o veículo visual da expressão musical de uma orquestra!


Seu trabalho começa muito antes dos ensaios, com o criterioso estudo da partitura. Nos ensaios, ele extrai o melhor da sonoridade de cada instrumento, exigindo todas as possibilidades técnicas de cada componente da orquestra.

Sua principal função é dar uniformidade ao grupo musical, para que todos sigam o tempo, a dinâmica e o andamento indicados na partitura.


Quando vamos a um concerto, é comum querermos saber que maestro irá reger, pois ele faz toda a diferença na sonoridade de uma orquestra.

A mesma orquestra soa diferente nas mãos de diferentes maestros.


Hoje, são verdadeiros astros disputados no mundo todo. Assistir ao desempenho de um grande maestro, passou a ser uma das mais extraordinárias experiências do espírito e da emoção.


Você pode chamar de maestro, também, um músico de grande qualidade e virtuosismo ou um compositor.

Se for uma mulher, o termo correto é maestrina, já a palavra regente pode ser utilizada tanto para homens como mulheres.


Para hoje, escolhi uma das mais populares e conhecidas sinfonias do repertório da música clássica: a Quinta Sinfonia do compositor alemão Beethoven (1770-1827).

Vamos assistir, o grande maestro austríaco Hebert von Karajan (1908-1989), diretor da Filarmônica de Berlin por 27 anos. Importantíssimo não só por seu rigor técnico, mas por sua revolução músico-tecnológica do século XX. Em suas mãos inúmeras gravações em CDs, DVDs e vídeos foram feitas, popularizando esta orquestra.




O LIGNE DES ARTS QUARTIER - MÚSICA




É um projeto inédito, criado pelo Quartier des Arts.

Sob a batuta da especialista Clarice Miranda, o objetivo é trazer a todos um amplo e compartilhado processo de imersão na música clássica através de conhecimentos que facilitarão um maior aproveitamento desta arte tão especial.







As publicações ocorrem todas às quartas, de manhã!







E, além disso há uma LINHA DIRETA, com nossa especialista que estará disponível para responder perguntas, discorrer sobre os assuntos abordados e também resolver dúvidas sobre música de forma geral.




As perguntas poderão ser inseridas nos posts com as chamadas para o Ligne des Arts em nosso grupo do Facebook e também, diretamente para ela, na parte final dos encontros on-line de música Clássica.








CLARICE MIRANDA

Educadora musical, musicoterapeuta, soprano, letrista e compositora, membro da academia de cultura de Curitiba, atuou como solista em diversos grupos vocais, gravou participações com a Orquestra Sinfônica de Berlim, música com letra de sua autoria.

Ministrou palestras e cursos regulares nos seguintes lugares: Casa de Cultura Solar do Rosário, em Curitiba; Centro paranaense feminino de cultura em Curitiba, Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília; todas as capitais brasileiras, através do circuito cultural do Banco do Brasil; Miami, para comunidade brasileira.

Publicou os seguintes livros: Formação de Plateia em Música - Cultura Musical para Todos. Desvendando a Orquestra - Formando Plateias do Futuro. Finalista do prêmio Jabuti; coleção com dois volumes: A História da Música e sua Relação com as Outras Artes e Instrumentos Musicais. Finalista do prêmio jabuti; coleção Desvendando: canto coral, banda e fanfarra e orquestra; Conhecendo a Orquestra e o Maestro; Orquestra: histórico, Regência e Instrumentos. e hoje é curadora da orquestra Ladies Ensemble e consultora musical do auditório Regina Casillo, em Curitiba.










grupoquartierdesarts@gmail.com


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