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OCTAVIO PAZ

ARTS QA LITERATURA

POR VITOR HUGO

OCTAVIO PAZ


Nascido em 1914 na Cidade do México, Octavio Paz Lozano foi um admirável poeta, ensaísta e diplomata, tornando-se uma das personalidades mais influentes na literatura e na cultura do século XX na América Latina. Durante sua infância, morou com a família nos Estados Unidos

Oriundo de uma família de intelectuais e escritores, morou com seus familiares nos Estados Unidos durante a infância. De volta ao México, estudou Direito na Universidade Autônoma do México morou a Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM).

Sua carreira diplomática o levou a viver em diversos lugares, incluindo Estados Unidos e Índia. Durante sua estadia na Índia, escreveu um de seus trabalhos mais importantes, "El laberinto de la soledad" (1950), um ensaio que explora a identidade mexicana e a solidão do indivíduo na sociedade.

Octavio Paz foi também um poeta prolífico e recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1990. Suas obras poéticas incluem "Piedra de sol" (1957), "Blanco" (1967) e "Árbol adentro" (1987), entre outros. Sua poesia é conhecida por sua profunda reflexão filosófica, sua sensualidade e seu uso magistral da linguagem.

Sua obra foi objeto de numerosos estudos e sua influência se estendeu além das fronteiras de seu país natal. Sua habilidade em explorar temas universais através da poesia e o ensaio de valor, ganhou reconhecimento e admiração em todo o mundo.

Otaviano Paz Losano faleceu na Cidade do México, em 1998.

Abaixo, um de seus belos poemas: “PARTIR E FICAR”

“Entre partir e ficar hesita o dia,

enamorado de sua transparência.

A tarde circular é uma baía:

em seu quieto vai e vem se move o mundo.

Tudo é visível e tudo é ilusório,

tudo está perto e tudo é intocável.

Os papéis, o livro, o vaso, o lápis

repousam à sombra de seus nomes.

Pulsar do tempo que em minha têmpora repete

a mesma e insistente sílaba de sangue.

A luz faz do muro indiferente

Um espectral teatro de reflexos.

No centro de um olho me descubro;

Não me vê, não me vejo em seu olhar.

Dissipa-se o instante. Sem mover-me,

eu permaneço e parto: sou uma pausa”.










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