OS MISERÁVEIS, de Victor Hugo - Parte 03/03
POST QA LITERATURA CLÁSSICA
POR CARLOS RUSSO
OS MISERÁVEIS, de Victor Hugo
(Parte 3/3)
Poderíamos resumir a mensagem que nos deixa o colossal trabalho: 1. Ensine tanto quanto possível o ignorante; 2. A sociedade é culpada por não prover uma educação gratuita a todos e deve responder pela escuridão que isso produz; 3. Se a alma é deixada nas trevas, pecados são cometidos; 4. O culpado não é quem cometeu o pecado, mas quem deu origem às trevas.
É para isso que temos que lutar. Muitos irão nos ignorar; mas não ser ouvido não é razão para silenciar.
Monsieur Hugo assistira em sua vida a duas revoluções: a de 1832, contra o absolutismo feudal e a de 1848, republicana. Para ele, um homem revoltado como o era a literatura romântica, a palavra Revolução era sinônimo de Progresso. E o Progresso significava o Amanhã.
A pena de morte para condenados era algo inútil e horrível, uma maneira de derramar sangue de uma forma que é chamada de crime quando um indivíduo a comete, mas que é chamada de justiça quando a sociedade a realiza. Dizia: “Não se enganem, senhores legisladores e juízes – aos olhos de Deus e daqueles que possuem uma consciência, o que é um crime quando cometido por um indivíduo não é menos pior nem menos sujo quando é a sociedade que comete o ato”.
Finalmente, a visão de Hugo sobre o amor que se expressa em “Os Miseráveis” é sublime e material, participativa. O amor que une é o da construção, da paixão e da compreensão.
Muito boa leitura para vocês.
(Final)
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