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Safo de Lesbos, primeira Musa da Civilização Ocidental - bloco 07/07

ARTS QA, POR CARLOS RUSSO

Safo de Lesbos, primeira Musa da Civilização Ocidental

Bloco 07/07

“Tenho uma filha linda, semelhante

A um ramo de flores de ouro, minha Cleia amada,

Que eu não daria nem por toda a Lídia,

Nem pela amável...”

“Hoje ninguém mais se lembra

De Anatólia ausente.

Ah! Gostaria de contemplar o seu andar arrebatador

E o brilho deslumbrante de seu rosto.”

Ao final, Safo nunca está realmente só. A presença da noite, das estrelas, das flores e do canto das aves, suas discípulas e amigas, tudo num mundo florido onde Eros nunca está ausente e sua presença adornada por flores tem até mesmo a maldade que lhe é intrínseca, adornada.

Não há nada nos movimentos da paixão que não seja sensível aos fenômenos do Universo. Toda a beleza criada comove o desejo de Safo.

“Amo a flor da juventude...

Coube-me em sorte um amor,

É o brilho do sol, é a beleza.”

Afinal, Eros, monstro invencível, é a mesma força imperiosa que caminha nos rastros de Safo e só se dá a conhecer àqueles a quem derruba e submete.

E Eros é a vida!

(FINAL)



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