VITÓRIA, uma obra prima de Joseph Conrad!
ARTS QA – LITERATURA CLÁSSICA
POR CARLOS RUSSO
Prezadas Quartières,
Nesta semana vou recomendar-lhes um livro:
VITÓRIA, uma obra prima de Joseph Conrad!!!
Vitória é, sem dúvida, uma das mais importantes contribuições do romance psicológico. Publicado em 1915, Vitória nada tem a ver com a tragédia da guerra que devastava a Europa.
"Vitória" é Vitória da Alma.
Heyst é um europeu, irresoluto e sonhador, desiludido com a perspectiva de inserção num mundo ao qual despreza. Incapaz de uma maldade preconcebida, está sempre pronto a gestos de autêntica solidariedade, na medida em que estes não acarretem envolvimento e muito menos recompensas materiais. O personagem nos sugere francamente o Príncipe Michkin de “O Idiota” de Dostoievski, dentro da perspectiva da complexidade do homem moderno.
As primeiras análises realizadas sobre “Vitória”, apontaram um tom melodramático na história, mas, na realidade, o melodrama em Conrad é consequência da descida ao abandono de cada um.
Escrevera o pai de Hyest: “Clarividência ou não, os homens amam seu cativeiro. À conhecida força da negação eles preferem o leito miseravelmente desfeito de sua servidão”. dão, mistério, afastamento.
O mar é uma barreira quase que impenetrável, embora o único caminho para o relacionamento com outros seres. Como na própria vida, as relações entre os homens são sempre perigosas na ausência de amizade, de amor ... Ou seja, para estabelecer esses laços, é necessário atravessar o mar que separa um dos outros, enfrentando os perigos que a viagem implica.
Ao final, “Vitória” será de Alma, uma moça casada com a miséria, que Hyest ampara e lhe dá abrigo em sua ilha. Ela ama este homem incapacitado de amar por desconfiança ao mundo e lhe oferece a vida em holocausto contra o mal. Ao oferecer sua vida ela terá a sua Vitória contra aqueles que planejam a morte do único homem que a respeitara.
Não se deve perder esta leitura, amigas do Quartier!
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